Ora bem, venho hoje trazer-vos uma revelação que me foi feita há pouco, se devido a uma veia que me terá rebentado algures por causa do teste de amanhã ou se devido a forças inter-dimensionais, não sei. Prometo que não andei a fumar nada ao pensar nisto.
Existe a questão homérica. Basicamente, não se sabe muito bem quem foi, ao certo, Homero, se foi um grupo de pessoas (Homens Ou Mulheres Escrevem Rivalidades e Odisseias -- queriam incluir os Hinos Homéricos e também uma breve aventura no mundo rap dos anos 90, mas decidiram que ficava um acrónimo muito comprido), ou uma lenda urbana. (Wiki.)
Existe também a questão acerca da identidade de Shakespeare. Seria ele o Shakespeare? Seria ele um senhor comum cujo nome foi utilizado para sombrios propósitos, como Literatura? Seria ele uma ficção? (Wiki.)
Ora bem. Reparem aqui que há nomes em comum, como "Hermíone", "Páris" e "Helena". Reparem que ambos falam de coisas como amor, morte, cenas homoeróticas e pessoas chamadas Páris a estar no meio de algumas desgraças porque se quer casar com a esposa de outras pessoas. Há rapazes giros e mulheres bonitas e espadas.
Os leitores mais incautos pensarão, certamente, que Shakespeare apenas foi buscar a inspiração a Homero, ou que algum dia Homero terá entrado num teatro Londrino.
Nada disso.
São ambos uma e a mesma pessoa, caros/as leitores/as, e essa pessoa é Cristopher Marlowe. Neste aspecto acertaram alguns proponentes de certas teorias sobre Shakespeare, mas a ligação a Homero estava até agora envolta em dúvidas e incertezas. (Marlowe na Wiki.)
Acontece que Christopher Marlowe não morreu numa rixa, oh não. Isso foi apenas um pobre homem que o tentou assaltar e roubar-lhe a roupa durante uma noite da Queima. Esse senhor chamava-se Yorick Antunes e trabalhava no antigo bar da FLUC, o primeiro responsável pelos preços exorbitantes das maçãs nesse estabelecimento, na altura cerca de 10 (dez) coroas.
Dizia eu que Christopher Marlowe sobreviveu, mas como as suas actividades no mundo da espionagem internacional tinham sido desmascarados por Nazis, Comunistas e homens a soldo do Cardeal Richelieu, mudou então de nome para William Shakespeare. Cortou o cabelo, pôs óculos e passou a falar com um ligeiro sotaque. Continuou a escrever.
Um dia, a sua nova esposa começou a fazer-lhe muitas perguntas, como por exemplo, o que é que ele escondia debaixo da melhor cama (um dispositivo de comunicação, estilo 'Allo 'Allo!). Fingiu de novo a sua própria morte, desta feita passou a ser Homero, e partiu de Inglaterra rumo a paragens menos chuvosas. Ao longo da sua vida, sempre estudou assiduamente Grego (diz-se que Latim também, mas resolveu não adoptar uma identidade estilo Virgílio -- não confudir com Vergílio -- porque as apofonias faziam-lhe espécie) e compôs então os poemas que conhecemos.
Para a semana, em LitLeaks: Vergílio vs. Virgílio. Gémeos, pronúncias como quando as pessoas tentam dizer o meu nome ou o quê?
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