terça-feira, 26 de abril de 2011

O PODER DO HULK É SALTAR.

No espírito do Ensaio Sobre a Cicuta (se estiverem por Coimbra ou arredores, venham também. E volta e meia também vão aparecer gajas nuas), o "Cenas Que Deviam Ter Sido Videojogos A Sério" do dia:


penso que é do awesomenator, mas não tenho a certeza.

Consigo imaginar toda uma série nesta veia: "Philosopher Phight". Com pacotes de expansão e tudo:

"Luta como o teu filósofo favorito neste emocionante jogo! Descobre segredos da sabedoria e desbloqueia novas personagens no modo história, testa os teus limites no modo de sobrevivência ou diverte-te no modo arcada. Os teus amigos também podem jogar graças à função multiplayer! Inclui tecnologia dualshock (tm) quando usados comandos compatíveis."

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Olá, meus queridos e muito amados ouvintes. Hoje venho falar-vos de vida extraterrestre.

Há muitos por esse mundo fora que se questionam, "Se há vida extraterrestre inteligente, porque é que não nos contactaram? Porque é que ao fim de algumas bebidas o sabor das mesmas deixa de importar? Será que sou mesmo hetero/gay?"

Ora, não posso ajudar quanto às duas últimas questões porque, caro leitor, não posso opinar muito e não quero dar maus conselhos. No entanto, vou falar hoje sobre a primeira.

Acontece que se há vida extraterrestre inteligente, das três uma:

1. Não conseguem contactar connosco mais do que nós com eles.

2. Até conseguiam, mas não querem estragar o delicado equilíbrio do nosso ecossistema.

3. Já estão entre nós.

Reparem, o argumento sobre como tal se deve à exploração de recursos nem se coloca; se eles quisessem mesmo recursos já nos tinham feito num oito. Não, caro leitor, eu acho que eles reencarnam em... coelhos.

É isso mesmo. Quem já teve coelhos em casa sabe que eles conseguem roer tudo. Já perdi a conta às vezes em que o meu telefone deixou de funcionar, e não por causa de serial killers, mas porque dentes de coelho tinham selvaticamente rasgado em pedaços o fio do meu telefone. Já perdi a conta às vezes em que não dormi à noite porque a coelha entrou em pânico com algo invisível (estilo campos magnéticos da Terra). Já perdi a conta às vezes em que sofri no caminho para a faculdade, porque acordar de manhã e conseguir viver antes das 11 só com o meu mp3, e sem os fones não há mp3 para ninguém (nem discman, nem mesmo walkman. Claro, poderia trautear ou cantar na minha mente, mas a minha mente antes das 11 não consegue nem articular grunhidos complexos, quanto mais palavras ou melodias).

Os coelhos são fofinhos, mas não se deixem iludir: por baixo daquele pêlo fofinho e olhos grandes esconde-se uma adorável máquina de matar com adorabilidade. Já olharam bem para aqueles bigodes? Awwwww.

Caro leitor, o que eu quero dizer é: os coelhos são mesmo giros.


quinta-feira, 7 de abril de 2011



Hoje vi esta imagem, e o debate que se tem propagado lá nos meus cantos da Internet sobre isto. Algumas pessoas que comentaram afirmavam que a solução é de facto ensinar as pessoas como evitar violações, porque os violadores sabem que o que fazem é errado e não querem saber.

Certo, é importante aquele conjunto de coisas que devem fazer parte do senso comum: "Tem cuidado com quem te embebedas, tem cuidado com a roupa que usas, tem cuidado com os lugares por onde andas." Mas isto não resolve tudo, e generaliza completamente as circunstâncias e as vítimas (e toda a gente pode ter dias em que bebe um pouco mais, ou em que o carro avaria às 3 da manhã numa zona questionável, ou em que alguém interpreta uma saia dois centímetros acima do joelho como um convite para sexo). E até os próprios violadores, quem são eles e quais os seus motivos.

O problema é que não é assim tão simples.

O problema é que não ensinamos às pessoas quando é que é "não", mesmo que elas não o digam directamente. O consentimento é tudo menos linear. Nem todos os violadores precisam de becos escuros e uma grande dose de problemas do foro psíquico. Alguns podem ser aqueles que não fazem ideia que o que estão a fazer não mesmo nada boa ideia, porque não sabem que o "sim" significa um "não" quando ela está tão bêbada que mal consegue falar ou andar. Ou que um som indefinido de surpresa e medo pode significar um "não".


E também é interessante pensar nestes comentários (nota: não fui eu, simplesmente li e achei relevante).

(BTW: este tipo de pensamento abre precedentes a que as vítimas sejam culpadas, como se todas as violações fossem iguais e seja sempre culpa delas por não terem tido cuidado. Para não falar dos casos em que o violador é o amigo da família, o marido, o pai, o irmão, etc., que de facto são mesmo muitos. Nesses casos, não aceitar boleias de estranhos não vale de muito.)