sábado, 28 de maio de 2011

ftw

Uma amiga minha pôs a tradução portuguesa disto no FB. A minha curiosidade levou-me ao Google. Seja como for, quase me vieram as lágrimas aos olhos (e não é TPM nem estou de camisa de noite branca, nem estou perto das escadas). Para aqueles que preferem rapazes, cliquem aqui e não digam que nunca vos dei nada.
Date a girl who reads. Date a girl who spends her money on books instead of clothes. She has problems with closet space because she has too many books. Date a girl who has a list of books she wants to read, who has had a library card since she was twelve.

Find a girl who reads. You’ll know that she does because she will always have an unread book in her bag.She’s the one lovingly looking over the shelves in the bookstore, the one who quietly cries out when she finds the book she wants. You see the weird chick sniffing the pages of an old book in a second hand book shop? That’s the reader. They can never resist smelling the pages, especially when they are yellow.

She’s the girl reading while waiting in that coffee shop down the street. If you take a peek at her mug, the non-dairy creamer is floating on top because she’s kind of engrossed already. Lost in a world of the author’s making. Sit down. She might give you a glare, as most girls who read do not like to be interrupted. Ask her if she likes the book.

Buy her another cup of coffee.

Let her know what you really think of Murakami. See if she got through the first chapter of Fellowship. Understand that if she says she understood James Joyce’s Ulysses she’s just saying that to sound intelligent. Ask her if she loves Alice or she would like to be Alice.

It’s easy to date a girl who reads. Give her books for her birthday, for Christmas and for anniversaries. Give her the gift of words, in poetry, in song. Give her Neruda, Pound, Sexton, Cummings. Let her know that you understand that words are love. Understand that she knows the difference between books and reality but by god, she’s going to try to make her life a little like her favorite book. It will never be your fault if she does.

She has to give it a shot somehow.

Lie to her. If she understands syntax, she will understand your need to lie. Behind words are other things: motivation, value, nuance, dialogue. It will not be the end of the world.

Fail her. Because a girl who reads knows that failure always leads up to the climax. Because girls who understand that all things will come to end. That you can always write a sequel. That you can begin again and again and still be the hero. That life is meant to have a villain or two.

Why be frightened of everything that you are not? Girls who read understand that people, like characters, develop. Except in the Twilightseries.

If you find a girl who reads, keep her close. When you find her up at 2 AM clutching a book to her chest and weeping, make her a cup of tea and hold her. You may lose her for a couple of hours but she will always come back to you. She’ll talk as if the characters in the book are real, because for a while, they always are.

You will propose on a hot air balloon. Or during a rock concert. Or very casually next time she’s sick. Over Skype.

You will smile so hard you will wonder why your heart hasn’t burst and bled out all over your chest yet. You will write the story of your lives, have kids with strange names and even stranger tastes. She will introduce your children to the Cat in the Hat and Aslan, maybe in the same day. You will walk the winters of your old age together and she will recite Keats under her breath while you shake the snow off your boots.

Date a girl who reads because you deserve it. You deserve a girl who can give you the most colorful life imaginable. If you can only give her monotony, and stale hours and half-baked proposals, then you’re better off alone. If you want the world and the worlds beyond it, date a girl who reads.

Or better yet, date a girl who writes.
-- Rosemarie Urquico

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Acabei de apagar um post perfeitamente bom só porque queria postar outra coisa sem entupir o blog, e depois percebi que o que eu ia dizer era idiota.

terça-feira, 24 de maio de 2011

daqui.

A sério, tenho estado a apanhar os episódios de Gossip Girl que não tenho visto nas últimas semanas. Algo como (cuidado, não continuem a ler se não quiserem saber o que acontece):

"Hum, vou jantar e não tenho nada para fazer. Acho que vou ver Gossip Girl, mas esta temporada está tão má."

"A Blair está com o Louis! Isto é mesmo deprimente porque só se estão a aproveitar da febre do Casamento Real*."

"Não quero saber, quero é saber se ela fica com o Louis ou com o Chuck! O Louis está a confrontar o Chuck! Isto é uma metáfora que representa com agudeza a relação Europa/EUA através dos séculos, vou continuar a ver!"

E portanto é agora quase uma da manhã, e estou a ver Gossip Girl em vez de ir dormir para ver se amanhã vou a Literatura Grega e buscar uma série de livros e tanta coisa que tenho para fazer que não fiz hoje, eu sou mesmo tola.







*
Não acredito como o tempo passa. :')

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Entends la douce nuit qui marche

I love the day, the yellow phoenix, but I love the terrible night.
I have two loves, and one is the day, the peace, the
brother-lover, the phoenix
he is covered with folding veils of silent fire
he sits and swells within a scroll of strong, harmless fire
that can fill the world, and that feeds me, so that I am the world.
This is the day, the gold food, my truth.I have two loves, and one is the terrible night
the cannibal carnation, the soft storm
beautiful, blind and black, invisible, alive and dead
the carnation face, the lullaby, the kindest poison, the prison.
Oh loud, loud is the night, the flower made of mouths
louder than the day, louder than my heart.
The sun falls, and at once there swings up from the ground,
in at the window
the night, the drooping thunder, the carnation.
It is a burst flower, its blood has burst it, the petals
are waving fans of soft blood.

It is the mounting night.


Brian Howard, Entends la douce nuit qui marche, via thebrightyoungpeople.

Mais aqui.

sábado, 21 de maio de 2011

quinta-feira, 19 de maio de 2011

(Acabei de reparar que há pacotes de pipocas para microondas que dizem "Não reutilizar o saco de papel". WTF? Alguém vai reutilizar um saco de papel gorduroso? Para quê? Para meter lá dentro coisas que se quer esconder das outras pessoas?)

Seja como for, reparei que hoje o meu blog recebeu uma visita deveras peculiar:

(Isto diz: "pesquisar palavras-chave: que nao costumam"). Parece que a pessoa chegou através de um motor de pesquisa russo, e depois procurou estas palavras.

Como gosto de ajudar estrangeiros, irei então fazer duas listas.

Não gosto de:

- Pessoas que nao costumam tirar os cabelos que deixam na banheira;
- Pessoas que nao costumam lavar o cabelo;
- Pessoas que nao costumam gostar de Keats;
- Pessoas que nao costumam deitar as pastilhas elásticas no caixote do lixo;
- Pessoas que nao costumam limpar o cocó do cão, gato ou amigo embriagado que levaram a passear;
- Pessoas que nao costumam ou deixar crescer a barba ou fazer a barba, mas têm assim algo intermédio que parece lixa e depois quando estamos a cumprimentar a pessoa deixamos um bocado de epiderme lá agarrada;
- Pessoas que nao costumam ver se alguém está a atravessar a estrada antes de se meterem em cima de uma passadeira;
- Faculdades que nao costumam ter aquecimento até Agosto;
- Faculdades que nao costumam ter cadeiras sobre Literatura Inglesa do Romantismo;
- Adolescentes que nao costumam puxar as calças para cima.

Gosto de:
- Pessoas que nao costumam ser antipáticas;
- Pessoas que nao costumam deixar cabelos na banheira;
- Pessoas que nao costumam roubar as minhas escovas de cabelo;
- Faculdades que nao costumam inventar cadeiras parvas;
- Pessoas que nao costumam reutilizar os sacos de papel das pipocas;
- Pessoas que nao costumam fazer perguntas parvas;
- Pessoas que nao costumam chatear a minha pobre cabeça;
- Pessoas que nao costumam cheirar mal;
- Pessoas que nao costumam andar por aí com as calças a arrojar.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Put your music player on shuffle, and write down the first line of the first twenty songs. Post the poem that results.


It was Christmas Eve babe
Hast Du etwas Zeit fuer mich
Overshadowed by her sister
Flying alone in row "Z"
In a crucifixion ecstasy
Woe to you o Earth and Sea
I bless you madly
I've got a dying urge to feel the way you do
We met in a flashback
You say fifty marks
You remind me of a former love
Thought I ran into you down on the street
The same blood
I'm up on the 11th floor and I'm watching the cruisers below
The time on the clock reads half past four
The air attack warning sounds like
Children in school forced to the desk
Hot topic is the way that we rhyme
And if your heart stops beating, I'll be here wondering
You think you're better, you're better than me.

domingo, 15 de maio de 2011

Eu e o Grego vamos divorciar-nos o mais depressa possível. Somos capazes de ter de aguentar durante mais um ano ou dois(por causa de impostos, empréstimos e coisas assim) mas assim que possível acabou-se tudo. Não é que eu não goste dele, mas já não há aquela química que havia. É assim que me sinto acerca, por exemplo, do salame de chocolate. A dada altura, comi imenso. Depois cansei-me. As relações às vezes são assim, e os pequenos hábitos do Grego começam a irritar-me. Já não o acho espirituoso. Não gosto quando o Grego deixa o assento da sanita para cima. Ele não gosta que eu vá sair com as minhas amigas tantas vezes. Caímos na rotina. Tentei ver outros, como o Tailandês, ou passar mais tempo com o Latim. Não funcionou. Pensei numa segunda lua-de-mel, mas acho que ele não alinha nisso e os tempos estão difíceis.

Isto é triste. Tenho chorado todos os dias. Tenho procurado conforto na bebida (a Queima calhou bem). Mas nada funciona. É duro.

De forma a que as pessoas desde o início -- agora que vou seguir em frente -- saibam no que se estão a meter (ainda estou com o Grego, mas preciso de curar este meu coração), arranjei até uma nova lamentação/frase de engate:

"O Grego Antigo não se aprende por osmose; já adormeci com a Gramática e com os meus apontamentos e não funcionou! Queres ver se funciona se eu adormecer com outra pessoa?"

Infelizmente, acho que isto não vai funcionar na minha próxima ida ao Feito. Os únicos tipos que metem conversa comigo (sim, eu sei que não meter conversa com as pessoas estraga o efeito das frases de engate, mas estou com as minhas amigas!) são de Direito, portanto à partida não sabem Grego. À partida, também os mando dar uma volta. Lá porque estou a beber rum, não quer dizer que seja fácil.

Seja como for, a moral da história é: eu e o Grego estamos a acabar. Foi bom enquanto durou. Muitos amigos em comum, muitas tardes bem passadas e muitos sonhos por realizar.

Eu e o Grego decidimos separar-nos de mútuo acordo, a única questão que temos é por causa dos copos de vinho -- ele diz que bebe mais vinho e melhor do que eu, eu digo que ele já vai ficar com o trem de cozinha Ideia Casa (€595).

terça-feira, 10 de maio de 2011

Costumo dizer que a tarefa que mais odeio fazer em casa é lavar a loiça. É desagradável, sobretudo quando há gordura ou quando a água fica fria ou quando as coisas ficam presas no ralo. Mas até consegue ser bom quando há montes de água quente e espuma.

Porém, caros leitores, isso é mentira.

A tarefa que mais odeio fazer em casa é cortar as unhas à coelha. É um martírio. Quando eu era mais jovem e inexpriente, não sabia o que era um bunny burrito. Ainda não sou muito boa, mas pelo menos evito os arranhões que outrora cobriam os meus braços e pernas. Só que continua a ser uma tarefa horrível.

O problema é que os arranhões eram o mais suportável de tudo isto.

Quem aqui já conviveu com coelhos, sabe que são animais pequeninos e tímidos. Isto significa que se assustam muito facilmente, e facilmente fazem uns olhos enormes de quem está prestes a desfalecer. Mais: se não gostarem que lhes peguem ao colo, e a maioria parece não gostar, fazem O Ar De Coelho Assustado.

O Ar De Coelho Assustado é aquele ar que os coelhos fazem. Um coelho assustado é absolutamente devastador. Acho que a mais dura e cruel das pessoas podia olhar para um coelho assustado e desatar a chorar como um miúdo de ano e meio a quem roubaram a chupeta*. A Baby Roo quando está assustada tem uns espasmos no pé, ou então junta as mãos junto à cara, como se estivesse a pedir porfavornãomemagoesporfavornãomemagoesqueeusoumagraenãodevosabernadabem. Ou então agarra-me o indicador com uma das suas mãozinhas pequeninas.

É mesmo triste e patético. É um bocado como ser uma criança em Bolvangar, mas pior, porque tenho de ver isto vezes e vezes sem conta. ;__; Ainda não recuperei da sessão de hoje e ela foi-se esconder atrás do sofá com ar mais assustado de sempre.



Se acham que este post é triste e próprio de alguém que vai indubitavelmente ser uma velhota maluca dos gatos, ainda tenho melhor. Os meus vizinhos devem achar que sou mãe solteira, porque quando saio e entro em casa cumprimento a coelha. Há bocado, para a acalmar, comecei a cantar o Twinkle Twinkle Little Star (obviamente, uma péssima ideia. Se já as pessoas se assustam e choram quando canto, imaginem animais com ouvidinhos sensíveis). Estou sempre a chamar o "bebé".

Sim, pessoal, o meu futuro é bastante claro. Talvez almas optimistas olhem para este post com os olhos brilhantes de emoção e pensem "Esta miúda vai ser uma excelente mãe de quinze filhos". Porém, gente racional como eu vê o futuro mais provável:



Estão a ver aquela história do Neil Gaiman, Only the End of the World Again? Se um dia eu fosse ver uma senhora misteriosa que lê o Tarot (ou se eu fosse fazer esta pergunta ao meu próprio baralho), as cartas haviam de ficar todas em branco excepto "OS GATOS", "A SOLTEIRONA", "OS CHINELOS". :(

Isto é verdade. Um dia tiro fotografias e vão todos chorar muito. Vocês vejam que eu não estou maluca, hein? Isso é o me garante a minha amiga Maria Amélia, que é um poder que eu tenho na Terra. Há pessoas que são perseguidas pelas torres do Técnico.



* Não sei quando é que as crianças deixam de usar chupeta.
Não, o outro post era realmente muito pretensioso. Para compensar:


domingo, 8 de maio de 2011

Hoje foi o Cortejo da Queima, para aqueles que não costumam seguir este maravilhoso e erudito blog (nota: eu sei que há gente que o lê, mas em vez de me dar amor e carinho electrónico, comenta quando vamos tomar café ou nos encontramos na rua).

Isto significa duas coisas: estou com os pés feitos em tiras (porque usar sapatos rasos? Nunca! Eu sou uma senhora! Vou-me armar em heroína!... Mas palavra de honra, não doeu tanto da última vez. That's what she said), e estou sem necessidade de quaisquer tratamentos faciais, capilares, ou o que seja já que tomei uns belos banhos de cerveja (de início sentimos as mãos peganhentas e depois ficam estranhamente suaves...that's what she said).

Seja como for, tenho um balanço para fazer desta Queima. Espero vir a fazer actualizações diárias, e já tinha um post alinhavado ontem quando desisti. Eu sou assim, penso sempre em coisas geniais quando estou longe do computador, mas quando vou escrever um post penso que são completamente idiotas.

- Coisas estranhas encontradas nos bolsos do meu casaco: dinossauro de plástico, tic-tacs duros, glowstick vermelho (na verdade, encontrei-o pendurado numa garrafa de água do Luso na minha estante), panfletos de discotecas desconhecidas. Nada de muito estranho, portanto.

- Coisas que já perdi: pulseiras, elásticos de cabelo (mas isso é sempre), decoro.

- Shots que experimentei antes me decidir pelas minhas bebidas preferidas: Adeus Morte x2, Adeus Milagre. Experimentei-os de uma vez, e não aconteceu nada. Niente. Foi o maior desapontamento da minha vida. Comecei a compreender os poetas franceses do século XIX, com o seu ennui.

- Litros de Gin Tónico bebidos: 0. Incrível. Há meses que não bebo gin. O fim aproxima-se.

- Número de rastas que desfiz do cabelo depois de apanhar com cerveja no cortejo: incontáveis

- Número de ambulâncias que já passaram por mim desde a Serenata: incontáveis.

- Número de estudantes desmaiados/em coma alcoólico que já vi: incontáveis.

- Avanço (em páginas) na frente das leituras académicas: 0


Mas não sei, a única leitura que combina com a Queima é Anacreonte. He spaketh Truthe.

sábado, 7 de maio de 2011

A ÚNICA RAZÃO PELA QUAL ESCOLHI ESTUDOS CLÁSSICOS.

Ontem estava a celebrar a Queima como qualquer estudante decente. Isto é, eu e a Daniela estávamos a dançar alegremente numa tenda, quando as amigas dela nos abandonaram por momentos. Ora, quando a manada dispersou um bocado, os predadores lá do sítio começaram a abeirar-se de nós como ocelotes a ver ratos sem patas.

Dois rapazes brasileiros começaram a dar-nos conversa fiada, depois de terem oferecido um cigarro à Daniela. Perguntaram-lhe então qual o nosso curso, enquanto eu continuava a dançar e a tentar assustá-los com a minha falta de coordenação motora. Não funcionou.

Diz então um deles: "Estudam Latim, é? Digam lá qualquer coisa em Latim."

A Daniela olha para mim, com um de quem diz, "Tu é que estás no Latim IV, tira-nos desta combuca."

A minha reacção é, então, exactamente a reacção de uma senhora de classe quando se quer livrar de pretendentes indesejados. "PEDICABO EGO VOS ET IRRUMABO." Não posso garantir ter mantido fielmente a ordem das palavras, no entanto, por razões óbvias.

Eles ficam a olhar para mim. Talvez eu tenha dito "Sois todos bons". Talvez eu tenha dito "O Cláudio é um lavrador. Ele trabalha no campo todo o dia. Ele tem uma filha. A menina é bonita. Os insectos bebem água." Talvez eu os esteja a enganar.

"O que é que isso significa?" Pergunta então um deles, mais afoito.

Eu, então, explico vagamente. Ok, na verdade, talvez tenha traduzido de forma mais gráfica e violenta do que o necessário. Mas então os dois reagem com um, "O quê?"

Eu repito.

Olho para a Daniela, que não consegue parar de rir, e quando me volto vejo que os dois carcajus estão a bater em retirada -- muito lentamente, como quem diz a alguém "Deixa o machado na mesa. Vá, devagarinho" enquanto procura uma porta e tenta chamar o 112.

E é assim que nós, moças de Estudos Clássicos, rejeitamos avanços indesejados quando não temos pensos higiénicos usados à mão.

P.S.: Eu gostava de ter mais diálogo aqui, porque queria usar mais maiúsculas. É que reparem, eu estava a gritar enquanto eles estavam a sussurrar a ver se nos aproximávamos dos corpos de franganote deles. E também porque, tal como a Morte do Discworld, eu comunico como que por uma espécie de telepatia. É a única explicação que eu encontro para o facto de eu falar tão baixo e ainda assim ser ouvida, ao ponto de me porem na boca coisas que eu nunca disse (lá está, telepatia).

domingo, 1 de maio de 2011

LitLeaks: A Verdade Anda Por Aí, São Três E Andem Aos Pares

Ora bem, venho hoje trazer-vos uma revelação que me foi feita há pouco, se devido a uma veia que me terá rebentado algures por causa do teste de amanhã ou se devido a forças inter-dimensionais, não sei. Prometo que não andei a fumar nada ao pensar nisto.

Existe a questão homérica. Basicamente, não se sabe muito bem quem foi, ao certo, Homero, se foi um grupo de pessoas (Homens Ou Mulheres Escrevem Rivalidades e Odisseias -- queriam incluir os Hinos Homéricos e também uma breve aventura no mundo rap dos anos 90, mas decidiram que ficava um acrónimo muito comprido), ou uma lenda urbana. (Wiki.)

Existe também a questão acerca da identidade de Shakespeare. Seria ele o Shakespeare? Seria ele um senhor comum cujo nome foi utilizado para sombrios propósitos, como Literatura? Seria ele uma ficção? (Wiki.)

Ora bem. Reparem aqui que há nomes em comum, como "Hermíone", "Páris" e "Helena". Reparem que ambos falam de coisas como amor, morte, cenas homoeróticas e pessoas chamadas Páris a estar no meio de algumas desgraças porque se quer casar com a esposa de outras pessoas. Há rapazes giros e mulheres bonitas e espadas.

Os leitores mais incautos pensarão, certamente, que Shakespeare apenas foi buscar a inspiração a Homero, ou que algum dia Homero terá entrado num teatro Londrino.

Nada disso.

São ambos uma e a mesma pessoa, caros/as leitores/as, e essa pessoa é Cristopher Marlowe. Neste aspecto acertaram alguns proponentes de certas teorias sobre Shakespeare, mas a ligação a Homero estava até agora envolta em dúvidas e incertezas. (Marlowe na Wiki.)

Acontece que Christopher Marlowe não morreu numa rixa, oh não. Isso foi apenas um pobre homem que o tentou assaltar e roubar-lhe a roupa durante uma noite da Queima. Esse senhor chamava-se Yorick Antunes e trabalhava no antigo bar da FLUC, o primeiro responsável pelos preços exorbitantes das maçãs nesse estabelecimento, na altura cerca de 10 (dez) coroas.

Dizia eu que Christopher Marlowe sobreviveu, mas como as suas actividades no mundo da espionagem internacional tinham sido desmascarados por Nazis, Comunistas e homens a soldo do Cardeal Richelieu, mudou então de nome para William Shakespeare. Cortou o cabelo, pôs óculos e passou a falar com um ligeiro sotaque. Continuou a escrever.

Um dia, a sua nova esposa começou a fazer-lhe muitas perguntas, como por exemplo, o que é que ele escondia debaixo da melhor cama (um dispositivo de comunicação, estilo 'Allo 'Allo!). Fingiu de novo a sua própria morte, desta feita passou a ser Homero, e partiu de Inglaterra rumo a paragens menos chuvosas. Ao longo da sua vida, sempre estudou assiduamente Grego (diz-se que Latim também, mas resolveu não adoptar uma identidade estilo Virgílio -- não confudir com Vergílio -- porque as apofonias faziam-lhe espécie) e compôs então os poemas que conhecemos.



Para a semana, em LitLeaks: Vergílio vs. Virgílio. Gémeos, pronúncias como quando as pessoas tentam dizer o meu nome ou o quê?

A minha reacção face ao teste que se aproxima...

crédito da imagem